Yoga sutra: o manuscrito de Patañjali com os 8 caminhos da Yoga

Os 8 caminhos do Yoga são descritos no 2º capítulo do manuscrito de Patanjali, chamado Yoga Sutra. escritos em meados no século III a.C (há mais de 2.000 anos). Conhecer os 8 caminhos da Yoga será fundamental para qualquer praticante de ioga e, especialmente, para aqueles que se dedicam a ensinar essa arte milenar, como professor (a) de Yoga..

A partir do Sutra II.29, os 8 caminhos do Yoga são descritos, cada um dos quais representa um estágio no caminho que todo iogue deve seguir em direção à sua realização pessoal. E para ajudar você a entender mais sobre o Yoga Sutra, este será o assunto do artigo de hoje. Acompanhe comigo!

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Os 8 caminhos descritos no Yoga Sutra

O termo sutra, traduzindo do sânscrito, significa “fio ou corda”. O Sutra de Patanjali reúne um acervo milenar com 196 versos poderosos, escrito em poucas palavras. Não sabemos a data exata em que foram escritos, porém, estima-se que o Yoga Sutra foi escrito há mais de 2.000 anos e a sabedoria ali expressa é atemporal e continua extremamente válida nos dias atuais.

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Os Yoga Sutras de Patanjali: Texto clássico fundamental do sistema filosófico do Yoga, Volume 1
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Os Sutras Clássicos, com mais de 2 mil anos de existência, ensinam-nos as práticas yogues sobre ética, meditação, posturas físicas e nos direcionam com leveza para lidar com as situações do dia a dia.

1º. Yamas

Yamas são os mandamentos que os praticantes de ioga devem cumprir e seguir, a fim de entender a essência da ioga. Eles girarão em torno de como interagimos com outras pessoas e conosco mesmos. Vamos encontrar 5 Yamas:

  • Ahimsa: está relacionado à não-violência, não matar e, em geral, não prejudicar as pessoas e os seres ao nosso redor. Isso inclui violência física e verbal.
  • Satya: refere-se à verdade, honestidade e sinceridade consigo mesmo e com outras pessoas.
  • Asteya: refere-se a não roubar e não fingir ser algo que não somos, ou seja, aceitar a nós mesmos como somos.
  • Brahmacharya: refere-se a não nos deixar levar por instintos ou impulsos, fazendo com que não desperdicemos energia e reservando-a para outras tarefas mais importantes.
  • Aparigraha: refere-se à sensação de não querer acumular ou cobiçar mais do que o necessário. Não é necessário acumular bens e riquezas excessivos para poder viver plenamente e com dignidade.

2º. Niyama

O Niyama é outro código de conduta, mas se concentra apenas em nós mesmos, fazendo-nos eliminar o mal que abrigamos dentro de nós e modificando nossos hábitos e pensamentos para poder aproveitar o momento presente. Dentro de Niyama, encontraremos os códigos que se referem à purificação pessoal:

  • Saucha: refere-se à transparência de uma pessoa, à sua pureza e à limpeza de todo o seu ser.
  • Santosha: ele se concentra em ser sempre feliz. Devemos manter uma atitude de satisfação com o que temos e aprender que a vida é um processo de crescimento pessoal em todos os momentos, tanto nos momentos bons quanto nos maus momentos.
  • Svadhyaya: é autoleitura e autoestudo, e isso ajuda a desenvolver a autoconsciência e a autocompreensão.
  • Ishvara Pranidhana: é a devoção e a gratidão que são mostradas ao poder superior e à mãe terra.

3º. Asanas

Asanas são o terceiro caminho da ioga, e estas são as posturas que são realizadas na prática de qualquer aula ou sessão de ioga. Estas são posturas físicas que ajudam o corpo a se preparar para a meditação profunda. Elas também podem ajudar a desenvolver equilíbrio muscular, elasticidade ou resistência, e equilibrar a energia do corpo e limpá-la, oferecendo estabilidade nos níveis físico, mental e emocional. Além disso, uma postura confortável e estável será essencial para poder alcançar estados intensos de meditação por um longo tempo.

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4º. Pranayamas

Pranayama refere-se ao controle da energia vital, através da consciência da respiração. O Prana, que é a energia vital, flui através dos nadis, que são os canais de energia, e através dos 7 principais centros de energia que atravessam nosso corpo, que são os Chakras.

A cada respiração que fazemos, nosso corpo absorve o Prana e, juntamente com o controle da mente e dos pensamentos, nos ajuda a regular nossa energia interna. Portanto, este quarto caminho da ioga se concentrará em técnicas e exercícios de respiração que visam respirar energia no corpo, acalmar a mente e ajudar a alcançar um estado de relaxamento.

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Alguns versos do Yoga Sutra

5º. Pratyahara

O quinto caminho da ioga, Pratyahara, se concentra no isolamento dos sentidos do momento presente, afastando a mente de todas as distrações externas que podem perturbar a paz da pessoa e orientá-la para si mesma. Neste caminho da ioga, estamos em um ponto em que devemos usar a respiração (Pranayama), como uma ponte para acessar Pratyahara, iniciando assim a jornada dentro de cada pessoa.

6º. Dharana

Com o sexto caminho da ioga, Dharana, entramos nos estados puros da meditação. Neste caso, Dharana se refere a focar a concentração da mente em um único ponto específico e permanecer focado nesse ponto que escolhemos. O ponto que escolhemos neste caminho poderá ser um objeto material, como uma vela ou uma maçã, um símbolo, um mantra ou nossa própria respiração.

7º. Dhyana

Dhyana, o sétimo caminho da ioga, tem o significado de meditação e está ligado ao sexto caminho que acabamos de ver. Trata-se de tentar alcançar um estado de meditação profunda, onde nossa personalidade é relegada a um plano secundário, deixando toda a proeminência para nossa alma ou espírito.

Neste ponto, a concentração é completamente fluida e ininterrupta. Se quisermos falar sobre as diferenças entre Dhyana e Dharana, podemos dizer que:

  • Em Dharana, a mente flui em direção a um objeto específico, mas com outros pensamentos que são intercalados e aparecem.
  • Em Dhyana, a mente flui em direção a esse objeto sem que outros pensamentos apareçam, de modo que um continuum é estabelecido.

No Dhyana, o tempo será interrompido e a concentração, a noção de tempo e espaço serão perdidas.

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8º. Samadhi

Chegamos ao oitavo caminho da ioga: Samadhi. O significado de Samadhi é o da absorção total, sendo um estado em que a autoconsciência é perdida, sendo considerado o objetivo da jornada e o chamado topo da montanha da consciência. Também pode ser considerado como um estado de consciência máxima, mas de não pensamento e sem ação da mente, o que leva à conquista da verdadeira liberdade do espírito. Magnífico!

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