A meditação no Chakra Anāhata, ou Chakra do Coração, é uma jornada ao centro do amor e da compaixão. Este chakra é vital na prática meditativa, pois simboliza o equilíbrio emocional e a harmonia nas relações.

Índice
Ao meditar no chakra anāhata, você abre seu coração, liberando bloqueios emocionais e convidando sensações profundas de paz.
A prática da meditação, oferece benefícios inestimáveis para o bem-estar: redução do estresse, melhor controle da ansiedade e melhoria da qualidade do sono.
Preparando para a meditação
Para se preparar para a meditação no Anāhata, comece ajustando sua postura. Sente-se confortavelmente com as costas eretas. Isso é essencial para permitir o fluxo livre de energia pelo corpo e manter a concentração.
Coloque as mãos em cinmudrá, um gesto que ajuda a canalizar a energia e acalmar a mente. Ao unir o polegar e o indicador, você simboliza a unidade entre o individual e o universal.
Mantenha os olhos fechados. Isso ajuda a focar no seu mundo interior, afastando distrações externas.
Concentre-se na sensação de paz que emerge do seu coração, permitindo que a meditação promova equilíbrio e bem-estar. Lembre-se, cada respiração é um passo em direção ao amor e à conexão.
Preparar-se com atenção e intenção é a chave para uma prática meditativa profunda e transformadora.
O mantra Om
O mantra OM é reconhecido como o som primordial do universo, representando a origem de todas as coisas e simbolizando a energia vital positiva.
Ao entoá-lo, busca-se equilibrar o interior e expandir a consciência, proporcionando cura e conexão com o Ser Supremo. Essa prática milenar é uma verdadeira invocação da força divina na Terra.
Durante a meditação no Chakra Anāhata, é recomendado vocalizar o mantra OM sete vezes. Comece inspirando profundamente e, ao expirar, entoe o som “Aum”, fechando a boca por 2/3 do tempo.
Essa prática pode ser adaptada ao seu propósito, seja para cura física, mental ou emocional.
Cada entoação traz uma nova camada de serenidade e profundidade à sua prática meditativa, conectando-o mais intensamente à sua essência divina.
Consciência corporal absoluta
A consciência corporal é um elemento crucial na prática da meditação, especialmente quando focamos no Chakra Anāhata.
Imagine sua coluna vertebral como o tronco de uma árvore robusta, firme e estável, sustentando cada folha e galho do seu ser
Com a postura equilibrada, suas costas retas e os ombros relaxados, você cria uma base sólida para a prática meditativa, permitindo que a energia flua livremente.
Aprofundar-se na consciência das partes do corpo é como explorar cada ramo dessa árvore interior. Comece pela cabeça, descendo lentamente, passando pelo pescoço, ombros e braços, até alcançar as raízes, que são seus pés firmemente plantados no chão.
Assim como uma árvore se sustenta pela terra, sua prática se enraíza na consciência corporal.
Mantenha-se firme. Sinta seu corpo tornar-se cada vez mais rígido. Mais firme. Tão rígido e firme que, em um dado momento, o movimento se tornará impossível. A consciência está totalmente voltada para o corpo e para essa rigidez.
Essa firmeza absoluta é um estado de consciência corporal para meditação. Embora firme, o corpo permanece relaxado. Imóvel e descontraído.
Conforme a consciência se centra, o corpo se torna leve, etéreo. A percepção do corpo se dissolve.
A consciência do corpo desaparece. Agora é a hora de focar na respiração. Consciência total no ritmo natural da sua respiração. Mantenha-a suave, quase inaudível.
Direcione a atenção para o ponto onde o ar entra e sai das narinas. Consciência total desse limite, do ar dentro e fora do organismo.
- Consciência do corpo
- Firmeza e relaxamento
- A leveza da percepção
- Respiração natural
A prática da meditação exige presença e percepção. Quanto mais consciência direcionada, maior a profundidade alcançada. Explore a consciência do corpo e da respiração com dedicação e paciência.
Em cada inspiração, leve a consciência para além do limite das narinas. Observe atentamente o movimento do ar entrando e saindo do corpo.
Sinta como, ao exalar, o ar externo é gentilmente deslocado pelo ar que sai das narinas.
Quando inalar, perceba como o ar nos pulmões se comprime suavemente pelo ar novo que entra. Manter a consciência total no processo respiratório é essencial.
Busque uma respiração tão silenciosa quanto possível. Transforme-a em algo sutil, um fio de vida que se estende e retrai sem esforço. Prolongue gradualmente a duração da inspiração e da expiração, sempre respeitando o limite natural do corpo.
Nada de forçar. Uma respiração leve, quase imperceptível. Esta prática culmina em uma respiração tão sutil que, ao inspirar, não há compressão significativa do ar dentro dos pulmões.
E ao exalar, não há deslocamento perceptível do ar externo. A respiração torna-se absolutamente silenciosa, um estado de paz e serenidade.
Nesse silêncio, experimente o ākaśa, o princípio do espaço, permitindo que a consciência corporal para meditação se expanda e transcenda o físico.
Visualizando as divindades do anāhata

Coloque toda sua atenção no chakra anāhata, situado no centro do peito. Mantenha a consciência plena nesse chakra.
Simultaneamente, entoe mentalmente o bīja mantra Yam. Repita o mantra de forma contínua e rítmica, sincronizando com sua respiração: Yam, Yam, Yam, Yam, Yam.
A união entre o bīja mantra e as visualizações é essencial para despertar seu verdadeiro poder. A repetição mecânica, sem intenção e consciência, não trará os resultados desejados.
O segredo está na consciência contínua e intensa no anāhata cakra, o chakra do coração, que deve ser o foco da prática.
Para potencializar essa prática, associe o bīja mantra à imagem de dois triângulos superpostos de cor cinza escuro. Este é o símbolo de ākaśa, o elemento ar, que representa o espaço e a liberdade.
Essa visualização deve ser feita sobre um lótus vermelho escuro de doze pétalas, local simbólico do chakra anahata.
Visualize o bíja mantra Yam na cor dourada, brilhando e pulsando sobre o hexagrama. Essa visualização não é apenas um exercício mental; é uma conexão profunda com o seu eu interior e com o universo ao seu redor.
- Mantenha a mente focada no chakra anahata.
- Visualize o bīja mantra Yam em dourado.
- Integre a imagem dos triângulos e o lótus ao seu campo visual interno.
Dentro do círculo de doze pétalas do anāhata, encontramos um chakra menor, o Ānanda Kaṇḍa, com suas oito pétalas rosadas.
Este é o coração do corpo sutil, o local onde reside a bem-aventurança suprema e a essência espiritual.
O veículo do anāhata chakra é o antílope negro, que por sua vez simboliza a pureza, consciência e sensibilidade do coração.
A visualização chakra anahata é um caminho para despertar essas qualidades. No lado direito do anāhata, encontra-se Īśāna Rudra Śiva. Ele é uma figura poderosa e serena.
A sua pele azul simboliza a imensidão do céu e a profundidade dos oceanos. Veste uma pele de tigre, símbolo do triunfo do yogi sobre a mente inquieta e os sentidos.
As serpentes enroscadas ao redor dos seus braços e tronco representam o domínio sobre as latências subconscientes, indicando um estado de consciência elevado.
Com a mão esquerda, Śiva mantém o dhamaru, o tambor sagrado que marca o ritmo do cosmos, simbolizando a dança da vida e do universo. Na outra mão, ele segura um tridente, símbolo de transformação e equilíbrio.
Ao lado de Īśāna Rudra Śiva, encontra-se Kakiṇī, a shaktí do chakra Anahata. Ela é a energia feminina que complementa a força de Śiva. Com uma cabeça e quatro braços, sua presença é vibrante.
Sua pele rosa e o sari vermelho são um lembrete visual de paixão e poder. Seus olhos, vermelho ardente, revelam a intensidade de sua força.
Cada mão segura um objeto simbólico: um tridente, uma caveira, um escudo e uma espada. Juntos, eles representam proteção, transição e a sabedoria para cortar ilusões.
No coração desse chakra, reside o bāna liṅgam, o liṅgam da flecha. Ele brilha com uma luz dourada, agindo como guia interno. Sua energia está profundamente conectada às batidas do coração.
Este é o portal para ouvir e sentir cada pulsação, sinalizando qualquer mudança durante a prática.
- Som: Dhamaru – o tambor de Śiva
- Divindades: Śiva e Kakiṇī
- Simbolismo: Transformação, proteção e sabedoria
- Energia: Bāna liṅgam – a luz dourada interna
No coração do liṇgam, surge Sadaśiva, um arquétipo da consciência plena e do Om eterno. Sua pele azul é emblemática, e ele está em pé, segurando um tridente na mão esquerda e o tambor dhamaru na direita, simbolizando o ritmo vital.
Sadaśiva veste uma pele de tigre, imprimindo força e coragem. Sob o liṅgam, repousa Kuṇḍalinī Śakti dentro de um triângulo, com vértice apontando para cima, representando a ascensão da energia.
A Kuṇḍalinī Śakti, ao invés de enroscada como uma serpente, manifesta-se como uma deusa explêndia, em posição de lótus, vestindo um sari branco. Ela encarna o som anáhata, a melodia do coração e a essência do chakra anahata.
Visualize o chakra anahata transformando-se em um lótus vermelho escuro, seu centro cinza. A partir desse ponto, o lótus começa a girar, criando um vórtice de energia que gira de forma acelerada.
Observe o sentido do giro, mergulhe no redemoinho. Sinta a vibração da energia que pulsa através de você, trazendo uma consciência intensa e contínua. Esse é o momento de conexão profunda com o chakra anahata.
Aos poucos, a imagem do lótus desvanece. Termine a meditação mantendo os olhos fechados.
Esteja presente, sintonize-se com seus sentimentos e perceba o impacto dessa prática no seu ser e no ambiente ao seu redor. Movimente-se suavemente. Abra os olhos. A prática da meditação está concluída. Oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ.
Para uma prática segura, não se limite as informações aqui expostas. Sempre preze pela orientação de um profissional capacitado.
O que é o Chakra Anāhata?
O Chakra Anāhata, também conhecido como chakra do coração, possui a cor verde e está associado ao amor, compaixão e perdão. Ele é o centro do nosso ser espiritual e é fundamental para o equilíbrio emocional.
Quais são os sintomas de um Chakra Anāhata bloqueado?
Sintomas incluem dificuldade em expressar emoções, sensação de desconexão com os outros e emoções negativas como medo e raiva. Um bloqueio pode prejudicar a empatia e compreensão.
Como saber se meu Chakra Anāhata está equilibrado?
Quando equilibrado, você sente amor, compaixão e uma conexão com os outros, além de facilidade em perdoar.
Quais práticas ajudam a equilibrar o Chakra Anāhata?
Meditação, yoga e cristais são métodos eficazes. Visualizar luz verde ou usar afirmações pode intensificar o processo de cura.
Traumas passados podem afetar o Chakra Anāhata?
Sim, traumas não resolvidos podem causar bloqueios, sendo importante abordá-los com práticas de cura.
Conclusão
Praticar a meditação no Chakra Anāhata é um convite para cultivar amor, compaixão e equilíbrio emocional. Ao integrar essa prática em sua rotina, você se conecta com o centro espiritual do seu ser, promovendo bem-estar e harmonia.
Lembre-se de que a transformação vem com a prática contínua. Com cada sessão, fortalece-se a conexão com você mesmo e com o mundo ao seu redor. Mantenha-se dedicado e permita que a energia do amor flua livremente em sua vida.
Veja como fazer a meditação nos demais chakras:
8 – Meditação no Sahasrara Chakra
5 – Meditação no Chakra Vishuddha
4 – Meditação no Chakra Anāhata
3 – Meditação no Chakra Manipura
2 – Meditação no Chakra Svādhiṣṭhāna
1 – Meditação no Chakra Muladhara

“O yoga é uma luz que, uma vez acesa, nunca se apagará. Quanto melhor a sua prática, mais brilhante a chama.“ B.K.S. Iyengar – Os 3 livros de yoga que você precisa ler: saiba mais